Os Centros Locais de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CLESE) garantiu, no ano passado, o preenchimento de 90 mil ofertas de trabalho, das 100 mil disponíveis, destinadas a jovens que procuravam pelo seu primeiro emprego.

A informação foi divulgada, hoje, pelo director-geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), Manuel Mbangui, depois da inauguração do CLESE Benguela e do Centro de Emprego do Lobito. 

O dirigente revelou, que no ano passado, 170 mil jovens foram procurar vaga de trabalho nos 79 serviços de emprego disponíveis, ao mesmo tempo mais 100 mil ofertas estiveram disponíveis e 99 mil foram preenchidas.

Apesar destes dados, esclareceu, muitos jovens ainda deixam os seus currículos nas próprias empresas ou dão a um amigo para obter uma colocação através de influências.

“Gostaríamos de apelar a mudança deste quadro, porque os serviços dos centros de emprego são gratuitos e transparentes, os cidadãos podem fazê-lo sem desconfianças e caso estejam habilitados, serão enquadrados de acordo as exigências das empresas solicitadas”, apelou.

Manuel Mbangui reconhece que os desafios precisam ser profissionalizados, no que concerne à preparação dos candidatos para entrevista de emprego, assim como dos currículos e habilitações comportamentais, de modo a garantir que os candidatos sejam boas pessoas e com comprometimento,  quando forem admitidos.

A questão do comportamento, realçou, ocorre na sua maior parte, quando os jovens se furtam ao trabalho, alguns porque têm óbito e não conseguem cumprir com os deadlines que lhes são impostos para apresentação de um trabalho.

O director-geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional considera que com a inauguração do Clese em Benguela, torna o aprendizado mais complexo, porque inclui cursos com os serviços ligados à Fiscalidade, Marketing, Contabilidade e Comércio.

A dinâmica do CLESE em outras dimensões, sublinhou, tem mais a ver com os serviços de emprego, além de apoiar o processo de intermediação entre à procura, oferta e colocações, onde o candidato se apresenta a uma oferta de emprego, e o CLESE intermedeia junto das empresas, a possível colocação.

Segundo Manuel Mbangui, os Cleses têm a dimensão de dar orientação profissional, fazer estudos de mercado e apoiar os jovens a conseguirem os estágios profissionais nas empresas.

Com a nova dinâmica imposta pelo Executivo, com a implementação da Agenda Nacional para o Emprego, referiu, os CLESES serão um dos pólos fundamentais para recolha e tratamento de dados estatísticos para o mercado de trabalho.

A capacidade de instrução do CLESE,  sustentou, é de 50 jovens por período formativo, perfazendo 300 por ano, para os vários cursos de especialidade.

As metas do CLESE, em relação à empregabilidade, esclareceu, não se resolve apenas com os serviços de emprego, tem de haver uma economia dinâmica, robusta e com ofertas, para que assim, a capacidade  de emprego seja maior.