O programa Jovens e Oportunidades de Bons Empregos (JOBE), desde a sua implementação em 2024, já beneficiou 26.932 cidadãos, tendo gerado 6.218 empregos directos, em 11 províncias do país, nomeadamente, no Bengo, Benguela, Bié, Cuanza-Norte, Cubango, Huambo, Huíla, Luanda, Namibe, Malange e Zaire.

Os dados foram apresentados hoje, em Luanda, pelo secretário de Estado do trabalho e Segurança Social, durante o balanço das actividades do projecto JOBE Angola, no seu primeiro ano de execução, que contou com a participação do secretário de Estado para Autarquias Locais do Ministério da Administração do Território (MAT), Fernando da Paixão André Manuel e com os vice-governadores e administradores municipais das regiões onde o programa já é uma realidade.

Pedro Filipe destacou que neste primeiro ano do projecto, foi possível abranger 11 províncias e por esta razão, antes de se dar os próximos passos, havia necessidade de reunir com os que lidam directamente com o processo.
“O balanço das actividades foi positivo e a reunião serviu para tirar ilações importantes, que certamente vão melhorar a actuação e a performance do projecto”, disse.

O secretário de Estado revelou que para o ano de 2025 estava previsto para o JOBE, o incremento de 21 mil milhões de kwanzas, mas nesta primeira fase foram gastos cerca de 11 mil milhões, e no próximo ano haverá maior reforço para que o projecto ande sem sobressaltos.

Apesar dos dados alcançados até ao momento, o secretário de Estado reconheceu que ainda tem de se fazer mais, porque o JOBE ajuda na redução da taxa de desemprego, tendo em conta que nesta altura está em 29 por cento, e a nível do PDN 2023-2027, a intenção é reduzir até 25 por cento. isso pressupõe que as iniciativas de aceleração e criação de empregos, sejam dinamizadas com maior intensidade e envolvimento das administrações municipais e com a participação activa das empresas públicas e privadas.

“A redução da taxa do desemprego, também, depende da dinâmica da economia, por isso, continuamos focados na formação e capacitação dos jovens, no apoio a iniciativa da formação de cooperativas, viabilização do ingresso dos jovens no mercado de emprego, através dos estágios profissionais e com o envolvimento de todos vamos ter resultados consideráveis”, referiu.

Pedro Filipe considera que o JOBE Angola é um projecto integrado e ambicioso, com muitas iniciativas, com destaque para os contratos locais de emprego, com a envolvência das administrações municipais e cooperativas, assim como as iniciativas clássicas do INEFOP, no caso da formação profissional, empreendedorismo e estágios profissionais.

Resultados alcançados no JOBE

No domínio da Formação Profissional, foram beneficiados 19.846 cidadãos, no âmbito Programa Avanço e Capacita, com atribuição de 300 bolsas ao Governo Provincial de Luanda, destacada no Cinfotec Rangel, 604 bolsas, no Cinfotec Huambo, tendo abrangido as províncias de Benguela, Bié, Cubango, Huambo, Huíla.

Em relação ao empreendedorismo, além de beneficiar 26.932 cidadãos, dos 6.218 postos de trabalho directos criados, 92 deles foram destinados a pessoas portadoras de deficiência.

Do ponto de vista da execução física do JOBE, o projecto tem concluído 46,55 por cento, tendo em conta os indicadores previstos para 2025.

Recomendações e perspectivas do JOBE

Após o balanço das actividades do JOBE, os membros do projecto pretendem estender a formação de cooperativas nas províncias de Benguela, Cuanza-Norte e Malanje, assim como avaliar a possibilidade de descentralizar o processo de pagamento às cooperativas, para que sejam mais céleres e propor a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, junto do Ministério da Finanças, encontrar melhores soluções.

Os membros levantaram a necessidade da realização de reuniões periódicas de concertação e acompanhamento entre o INEFOP, administrações municipais e demais parceiros de implementação.

Os responsáveis do projecto pretendem, ainda, reforçar as acções do projecto JOBE, tendo em conta a dimensão populacional, com o propósito de identificar mecanismos de manutenção dos equipamentos motorizados e outros meios para a sua reposição, assim como estudar as melhores soluções para a redução dos constrangimentos verificados na obtenção de licença de recolha de resíduos sólidos, por parte das cooperativas, em concertação com o MAPTSS e o Ministério do Ambiente, através da Agência Nacional de Resíduos.

Os mentores do JOBE prometem melhorar o processo de comunicação com os demais parceiros de implementação e avaliar um procedimento de automatização e repórter mais simplificado e reforçar o engajamento das administrações municipais para apoio na legalização e formalização das cooperativas, assim como na criação de necessidades para gerar o mercado de trabalho.

Os participantes do encontro reconhecem que os resultados alcançados demonstram uma boa solução para facilitar a inserção de jovens no mercado de trabalho, no quadro da implementação da Agenda Nacional para o Emprego.