Durante a ronda efectuada ontem, em Luanda, pela equipa de inspecção da IGT, foram constatadas algumas irregularidades em várias empresas. Numa das lojas visitadas, Giovanni José reclamou que aufere um salário de 32 mil kwanzas, mas suspeita que pode ser despedido a qualquer momento, porque tem sido o procedimento do patrão.
O jovem explicou que as pessoas contradas na empresa, difcilmente, ficam mais de três meses, porque o chefe alega não gostar do trabalho, “mas desconfiamos que essa situação ocorre quando o trabalhador passa do período experimental para efectivo, o que obriga a pagar um salário mais alto”, desabafou.
Giovanni José disse, ainda, que na empresa não tem direito a férias, subsídio de alimentação e transporte, sendo que o horário de trabalho é das 7h30 às 15h30.
As acções inspectivas da Inspecção Geral do Trabalho vão decorrer até o dia 22 de Dezembro. A campanha é fruto de um trabalho feito nos últimos meses, onde dectetou-se que muitas empresas não cumprem com o pagamento do salário mínimo nacional.
As acções inspectivas, revelou, vão garantir o trabalho produtivo, com remuneração adequada, que garante um nível de vida aceitável para o trabalhador e a sua família, no sentido de assegurar o trabalho decente, como um marco justo, para o alcance da paz social no seio das empresas e consequentemente o crescimento sustentável da economia nacional.
A campanha vai servir, também, para cruzar informações dos dados das folhas de salário das empresas em posse do INSS e da AGT, no âmbito da campanha institucional, assim como acompanhar a transição de trabalhadores que exercem o trabalho não declarado para o trabalho declarado, identificar e desencorajar os trabalhos dissimulados para o trabalho formal.
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