Os gabinetes dos Recursos Humanos da função pública devem ter um plano de gestão de carreira, defendeu, em Luanda o director Edson Horta.

O director do Recursos Humanos do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, falava durante a apresentação do plano de gestão de carreira do MAPTSS, que vai servir de modelo para outros departamentos ministeriais.

Edson Horta destacou que as bases fundamentais do novo plano de gestão é adoptar o capital humano de um instrumento que guia a sua carreira.

“Quando se entra para uma organização, as pessoas têm de ter um guia para definir o seu percurso profissional”, defendeu o director.

Edson Horta referiu que os Recursos Humanos do MAPTSS deve  ser exemplo de organização e modernização na administração pública. Por este motivo, foi elaborado um manual de gestão de carreira onde constam os salários, requisitos e os conselhos que devem ser seguidos.

Com este mecanismo, prosseguiu, as pessoas passam a saber mais do que podem fazer para progredir na carreira, que especialidade devem estudar para se capacitar na área específica ligada ao seu trabalho, no sentido de evitar fazer formação em matérias que nada têm a ver com o que faz profissionalmente.

Edson Horta explicou que o processo de gestão de carreira está fortemente condicionado ao desempenho da economia, se ela for dinâmica, os processos passam também a ser mais dinâmicos, porque em matéria de gestão de recursos humanos na administração pública, as mudanças dependem do Orçamento Geral do Estado.

O director dos Recursos Humanos do MAPTSS realçou que se não haver recursos disponíveis para promover os funcionários, não é possível fazê-lo.

“Todos os anos têm de haver movimentos de funcionários, nomeadamente os que passam à reforma, os que pedem licença e os que acabam por falecer, esse conjunto de movimentos, gera vagas e podem ser usadas para realizar concursos públicos e promoções de carreira”, realçou.

Edson Horta revelou ainda que a recolocação dos funcionários formados numa área diferente daquelas que foram inseridos, deve ser feita num plano de requalificação e capacitação para novas funções, abrindo assim uma rotação de funções.

Acrescentou que se deve fazer um mapeamento de competências, para constatar se o funcionário tem habilidades na área em que está colocado, caso não, deve ser inserido numa outra que possa ter maior proveito.

Maria Gomes considera ter sido uma honra trabalhar como servidora pública

Maria Gomes actualmente empresária, antiga directora dos recursos humanos na Sonangol e com vasta experiência em outras empresas internacionais, considera ter sido uma honra trabalhar como servidora pública.

A antiga funcionária pública realçou que o seu percurso, fez-lhe ganhar consciência e experiência de servir bem o público, invés de se servir, apesar das dificuldades.

Maria Gomes defende ser importante que cada funcionário se forme de forma individual, para aumentar as suas valências profissionais, melhor contribuir e progredir na carreira.

“É importante que os novos agentes sejam gestores públicos modernos, criando novos métodos de trabalho para servir com alegria, porque o facto de termos um salário e a reforma garantida, já constitui motivo de satisfação, independentemente do ordenado que recebemos”, considerou.

FUNCIONÁRIO DO MAPTSS

Chaves é um grande exemplo de superação

Augusto João Chaves tem 54 anos, casado, com nove filhos, é funcionário do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social desde 2006, onde ingressou com a função de motorista. 

Depois de 12 anos de trabalho como motorista, a sua luta e determinação fez com que terminasse o ensino superior este ano. Hoje faz parte de um dos principais quadros do Ministério, colocado actualmente na área de Recursos Humanos como técnico médio de terceira, mantendo a esperança de concorrer para carreira de técnico superior.

Augusto João Chaves sempre acreditou no seu desenvolvimento e progressão de carreira, por isso nunca desistiu.

Depois de terminar o curso de Gestão de Recursos Humanos no Instituto Técnico Superior Cangonjo, no mês passado, vai defender ainda este mês o seu diploma.

O funcionário do MAPTSS aconselha os jovens a não se desmoralizar pelas quedas que a vida dá, sendo fundamental lutar sempre para obter outras oportunidades, porque na vida não há limites.

“É preciso ter uma fonte de inspiração que nos guie no caminho certo. Nunca devemos desistir dos nossos sonhos”, encorajou Augusto João Chaves.