O mercado de emprego em Angola registou, durante o primeiro semestre deste ano, 109.563 empregos, sendo que a média mensal foi de 18.261, tendo o mês de Abril com maior registo, 21.618 e Fevereiro com menor de 15.061.


Os dados foram avançados, pelo secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe, durante o 11° Briefing do MAPTSS, que reuniu jornalistas de vários órgãos de comunicação, para dar a conhecer as acções realizadas no primeiro semestre de 2025.


Os empregos gerados este ano, esclareceu, são baseados na base de dados da Segurança Social, sendo que 81.144 são do sexo masculino, o que corresponde a 74 por cento e 28.419 são do sexo feminino, correspondendo a 26 por cento.


As províncias que mais geraram empregos, neste período, são as de Luanda, com mais de 49 por cento, depois seguem-se Benguela, Cabinda, Huíla, Malanje e Huambo, sendo as áreas mais representadas as do Comércio, Industria, Construção Civil e serviços colectivos.


Comparativamente ao período homólogo, Pedro Filipe disse que o primeiro semestre de 2025 registou uma redução de 3 por cento, correspondendo em termos absolutos 3.667 empregos, resultante da diferença de 113.230, em 2024 e 109.563, em 2025.


Em relação aos empregos líquidos, o governante explicou que o registo é de 106.330, o que resulta do diferencial de 109.563, gerados e 3.233 extintos, o que corresponde a uma média mensal de 17.722 empregos.


Ainda neste período de 2025, informou, o sector de outras actividades e serviços colectivos registaram o maior número de empregados com 32.772, ao passo que o sector de organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais tiveram um menor registo com 87 empregados.


Durante o primeiro semestre de 2025, referiu, os Serviços de Emprego do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) registaram uma procura de 63.850 empregos. Em termos de oferta, o mercado registou um total de 35.445 ofertas, ao passo que quanto às colocações, foram registadas 35.190.

Mais de três mil empregos extintos este ano

Os dados do MAPTSS referem que durante o primeiro semestre deste ano foram extintos 3.233 empregos, um dado que o secretário de Estado considera normal, pelo facto de acontecer em qualquer parte do mundo.
Pedro Filipe explicou que na medida que se vai criando empregos, nem tudo corre tão bem, sendo que a taxa de letacia é grande, no país, fundamentalmente, nas micro, pequenas e médias empresas, que raramente resistem em mais de dois anos.
Uma das razões do desemprego, disse, também tem a ver com aspectos sazonais, em função dos períodos que os empregos são gerados, tendo em conta os sectores da pesca e agricultura.

INEFOP prevê formar mais de 120 mil jovens

De acordo com Pedro Filipe, para o ano de 2025, foi traçada a meta de formar 120.000 jovens nos cursos de curta, média e longa duração, nos centros tutelados pelo INEFOP, privados e de outros organismos.
No primeiro semestre deste ano, disse, foram formados 65.130 cidadãos, equivalente a 53 por cento de execução, face à meta prevista. Em 2024, no mesmo período, o Sistema Nacional de Formação Profissional formou 63.794 jovens, demonstrando um aumento diferenciado de 2 por cento.

O governante informou que mais de três mil cidadãos deixaram de frequentar os centros de Formação Profissional, desde o início do ano, por várias razões sociais, por este motivo, o Executivo está a criar incentivos para que hajam menos desistências, com incremento de 50 mil kwanzas por mês, financiado pelo Fundo Nacional para o Emprego de Angola (FUNEA).

Na ocasião, foi, ainda, anunciado que o INEFOP está a investir mais de 400 milhões de kwanzas para a construção de um centro de indústria têxtil, no município do Cazenga, e prevê a construção e o apetrechamento de outras infraestruturas para melhorar a oferta formativa, designadamente, na zona do Benfica em Luanda, Calumbo, em Icolo e Bengo, Cinfotec (Cabinda) e no Songo (Uíge).