O Executivo disponibilizou mais de dois mil milhões de kwanzas para atingir a meta de dez mil estágios profissionais, até final de Dezembro deste ano.
Desde o ano passado, mais de três mil jovens já foram contemplados com estágios profissionais em todo o país e mais sete mil serão beneficiados. O anúncio foi feito terça-feira, em Luanda, pelo secretário de Estado do Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe.
O secretário de Estado falava durante uma visita de constatação a várias indústrias que têm recebido jovens para estágios profissionais, em Luanda, nomeadamente a Refriango, Zeepack e Plastcon.
Pedro Felipe explicou que os estágios nestas fábricas são fruto de um protocolo firmado em Fevereiro com a Associação das Indústrias de Bebidas Angola (AIBA).
Pedro Filipe considera positivo o balanço deste acordo, apesar do programa de estágios profissionais ter sido lançado com metas modestas, em função das condições financeiras que haviam no momento, em que previa atingir apenas atingir 1.500 estágios profissionais até ao final deste ano, mas passada a segunda fase, a meta foi extendida para dez mil.
O governante referiu que a plataforma dos estágios profissionais é feita através do Plano de Acção para Promoção da Empregabilidade (PAPE) e tem sido muito solicitada por jovens com diversas profissões de todo o país, por isso há necessidade de se estender nos próximos anos. “Há também mais credibilidade do projecto, não só por parte da juventude que são os destinatários directos desta iniciativa, como também das empresas, que começam acreditar e se juntar ao Executivo. Temos noção que estes números ainda não representam a grandeza da procura do país, nos próximos tempos vamos ampliar o número de parceria, divulgação e prazos dos estágios”, anunciou.
Pedro Filipe lembrou que o Código dos Benefícios fiscais, que vigora desde Março do ano passado, permite as empresas que apostam nos estágios e na formação profissional, a reduzir os seus encargos, por isso, devem continuar a fazê-lo. Daí o Estado deixará de ter custos com este programa.
O secretário de Estado revelou que neste momento mais de 300 empresas têm acordos com o PAPE, no âmbito dos Estágios Profissionais, realçou que a ideia é atrair mais, desde as pequenas às grandes empresas.
Pedro Filipe reconheceu que para a redução do nível do desemprego, não basta o esforço do Executivo, é preciso ter um sector empresarial forte, inclusivo e proativo.
Na ocasião, o presidente da Associação das Indústrias de Bebidas de Angola (AIBA) Manuel Vitorino Sumbula reconheceu que o PAPE é uma realidade e aconselhou os jovens a cumprir com com os seus objectivos, que consiste na obtenção do seu primeiro emprego.
O presidente da AIBA realçou que a sua associação abraçou o programa para apoiar o Executivo, em alcançar a meta que pretende.
Nesta parceria, referiu, cada empresa deve receber pelo menos 15 estagiários, que devem obedecer os critérios exigidos.
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